quarta-feira, 24 de setembro de 2008

MEU ACRÓSTICO

Deu-me um cérebro pensante
E um coração sempre aberto.
Um jeito de o achar distante
Sabendo que está bem perto.

domingo, 21 de setembro de 2008

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

A ARTE DE FAZER VERSOS

Na Grecia antiga, aedo era o nome do cantor popular que versejava sobre os feitos dos herois das grandes batalhas. Alguns deles acompanhavam-se pela cítara ou alaúde, instrumentos de cordas. Os maiores poetas gregos Homero e Virgilio escreviam seus poemas e não possuiam o dom da declamação ou do canto poético como os aedos, eximios improvisadores que na praça pública cantavam os feitos dos heróis gregos em históricas batalhas contra espartanos e persas. O rítmo dedilhado nas cordas da cítara ou da lira, embasavam a eloquência do verso épico ou diluiam-se melodiosamente nas ternuras fimbradas de um lirismo romântico e sonhador. Talvez esteja no aedo toda a ancestralidade do repentista conteporâneo. Quando ouviamos Jaime Caetano Braun, nos transportavamos aqueles cantores inspirados, ternos e eloquentes cantando suas estórias tal qual o Jaime fazia ao cantar nas suas pajadas os feitos de Sousa Neto, de Rafael Pinto Bandeira e de Joaquim Teixeira Nunes.

Para se fazer versos e mais que isso, para a elaboração da pajada se nasce com o dom de versejar e de improvisar. Nos dias hodiernos a proliferação de falsos poetas e pajadores tem infestado a nossa literatura poética diminuindo-lhe a importancia, a beleza e a objetividade de suas mensagens ritmadas e melódicas. Grande parte não sabe construir sonetos ou estrofes simétricas de décimas, oitavas, sétimas sextilhas, quintilhas, e quadras e apelam para a construção do verso moderno dotado de rítmo sem metro e sem rima. Qualquer moçoila ena- morada escreve uma frase, supostamente poética, motivada por uma paixão adolescente ou por uma dor consequente do desprezo. Qualquer rapazelho apaixonado é capaz de elaborar um verso semelhante ao de Fernando Pessoa e discuti-lo, entre a ignorância de ser ou ter sido, um poeta reconhecidamente modernista e antiparnasiano, exímio no verso branco ou verso livre e pobre na poesia acadêmica. O soneto sempre foi nos tempos atuais a forma poética mais dificil de ser elaborada. Não é para o medíocre desenvolver temas de relevância num primeiro quarteto. desenvolve-lo no segundo, proseguir pelo primeiro terceto e fechar com chave de ouro o último terceto levando a comoção àqueles que amam a poesia, tal qual os cantores e poetas gregos nos seus primórdios.

QUEM SOU EU? SOU A EPC

Fundada em 30 de junho de 1957 pelo poeta uruguaianense Hugo Rodriguez Ramirez, a Estância da Poesia Crioula do Estado do Rio Grande do Sul congrega em torno de si todos os poetas e prosadores regionalistas rio-grandenses. As atividades culturais e literárias da EPC se desenvolvem em sua sede própria instalada na rua Duque de Caxias nº l525, Cep 90010 283 centro de Porto Alegre. Entre as atribuições que a si se confere está a defesa da cultura e literatura regional gaúcha, das tradições e costumes do Rio Grande. Apoia e estimula a produção lieterária e desenvolve movimentos culturais através de eventos festivos e palestras. É parceira das entidades culturais do Estado que amiúde a convocam para a prestação de seus serviços como jurada de concursos aos quais envia seus representantes, como também participa ainda que de forma tímida do Acampamento Farroupilha e do desfile de 20 de Setembro, a data magna da histórica Revolução Farroupilha. A EPC possui sócios-contribuintes em quase todos os estados brasileiros. Tem publicados oito Antologias dos Poetas Crioulos, e realiza a cada dois anos o Rodeio dos Poetas Crioulos onde numa Assembleia Geral elege o presidente para um biênio de atividades frente a EPC.

NOSSOS POETAS

Grandes nomes da poesia nativa rio-grandense foram e são socios da Estancia da Poesia Crioula. Listamos os nomes dos nossos mais famosos poetas que, alguns deles, dirigiram a EPC:

HUGO RODRIGUEZ RAMIREZ, poeta e escritor regionalista, cria de Uruguaiana idealizou e fundou a Estancia da Poesia Crioula juntamente com outras grandes expressões da poesia gaúcha entre eles
JOÃO CARLOS DE AVILA PAIXÃO CORTES, folclorista de renome internacional, pesquisador e escritor com vasta bibliografia regionalista espalhada pelo Brasil e além fronteiras. É e sócio da EPC e membro aspirante a uma cadeira na ACADEMIA RIO-GRANDENSE DE LETRAS e cria de Sant'Ana do Livramento.
JAIME CAETANO BRAUN, extraordinário poeta e pajador o mais fecundo e criativo deles, não existindo, na atualidade, quem o possa superar. Falecido a alguns anos Jaime foi sócio presidente da EPC. Cria de Santa Cruz do Sul. Foi sócio e presidente da EPC.
LAURO PEREIRA RODRIGUES, - o cisne da poesia chucra - no dizer de Hugo Ramirez. Publicou quatro livros e o mais famosos dele é "Senzala Branca" nasceu em Itaqui e morreu na mesma cidade. Também presidiu a EPC.

domingo, 14 de setembro de 2008

EXCURSÃO Á MARAVILHA

RELATÓRIO





A presidente Beatriz de Castro ainda em sua gestão assumiu com o Dr. José Isaac Pilatti presidente da Academia Desterrense de Letras, de Florianópolis, o compromisso de que as duas entidades participariam das festividades comemorativas aos 50 anos de fundação da cidade de Maravilha no Oeste catarinense, dos 40 anos do CTG Juca Ruivo, e das homenagens que na oportunidade seriam prestadas ao Dr. José Leal Filho o Juca Ruivo, pelos serviços prestados aquela comunidade catarinense já que teria sido um dos seus principais fundadores. O evento deveria ocorrer nos dia 11 e 12 de julho de 2008.

Problemas diversos impossibilitaram que uma delegação maior de pessoas viajasse a Maravilha representando a EPC como havia sido pensado pela presidente Beatriz de castro. Para cumprir o referido compromisso o novo presidente Jose Machado Leal, o vice-presidente Darci Everton Dargen, a esposa Genezi Dargen, mais o associado Dr. José Alberto Barbosa, de Jaraguá do Sul, se prontificaram a cumprir a tarefa.

A viagem ocorreu em onibus de linha da empresa Unesul saindo de Porto Alegre as 19:00 h do dia 10 de julho passando por Soledade, Carazinho, Sarandi, Frederico Westphalen, Iraí e Palmitos, esta última já em terras catarineneses, chegando a Maravilha ás quatro horas da madrugada do dia 11. As acomodações já haviam sido reservadas pela Patronagem do CTG Juca Ruivo no Maravilha's Park Hotel, com acomodações e serviços de primeira classe.

A festa teve inicio às 20:00 h do dia 11, sexta-feira, na ampla sede do CTG , com a presença de aproximadamente trezentas pessoas. O Patrão Dr. Luiz Hermes Brescovici fez a abertura nominando as autoridades e saudando os presentes. A seguir falou o Prefeito Municipal Juarez Vicari e em seguida o presidente da EPC, dizendo que se José Leal Filho foi importante como profissional de engenharia no traçado arquitetônico da cidade de Maravilha, sua importância não foi menor para as letras do Rio Grande e como socio mda EPC. José Machado Leal encerra seu pronunciamento declamando "Encontro com Juca Ruivo" poesia de Jaime Caetano Braun. Na sequência fala o Dr. José Isaac Pilatti em nome da Academia Desterrense de Letras exaltando o progresso daquela comunidade, já que ele e sua familia fazem parte do primeiro grupo de desbravadores da região. Abre-se a seguir um espaço para declamações e pronunciamentos livres quando o vice-presidente Darci Dargen, declamou seu poema"Juca Ruivo", cujo sucesso foi tamanho que o patrão pediu-lhe uma cópia para fazer parte dos anais da entidade. Fala, ainda, em nome da EPC o Dr. José Alberto Barbosa fazendo uma retrospectiva da vida de Juca Ruivo junto a comunidade de Maravilha, já que ele, Barbosa, como primeiro promotor da cidade, conviveu, par e passos e por longo tempo, com José Leal Filho.
No momento da troca de presentes, quando a patronagem do CTG entregou aos homenageados, diplomas e o troféu "Juquinha" réplica da estátua de Juca Ruivo, confeccionado por Marcos Horst artista plástico local, José Machado Leal proveitou a oportunidade para fazer a entrega de oito exemplares de livros editados pela EPC, quando propôs que fosse criada a Biblioteca Alaydes Costa Leal em homenagem a viúva de Juca Ruivo que se encontrando presente à solenidade agradeceu emocionada. A idéia foi aceita constando ainda que a Estância da Poesia Crioula e a Academia Desterrense de Letras seriam as madrinhas da biblioteca do CTG Juca Ruivo. inicialmente organizada pela Patroa D. Marlene. Segue-se o jantar, uma apetitosa feijoada a brasileira e show de danças folclóricas apresentado pelas invernadas adultas e chirus do CTG anfitrião. A convite do professor Elói José Ranzi Diretor da Rádio Difusora local Leal e Darci participaram de dois programas, o primeiro na manhã de sábado, e o segundo na manhã de domingo quando conheceram o chiru Gaudério, declamador e apresentador de programas gauchescos, um figuraço nascido em Julho de Castilhos.
Às 11:00 h de sábado dia 12 de julho, as festividades continuaram na sede do CTG quando foi inaugurada a estátua de Juca Ruivo que passou a fazer parte orgulhosamente do museu da entidade, quando ocorreram discursos, declamações e fotografias. Nessa oportunidade Leal fez a entrega formal do painel com a relação nominal dos fundadores da EPC para que fizesse parte do acervo do CTG, seguindo-se o almoço-carreteiro de charque de ovelha, elaborado pelo Dr. Carlos Alberto Goulart Nunes, o Betinho cria de Canguçu. O almoço foi servido pela patroa D. Marlene e sua equipe feminina. No sábado a noite fomos convidados a visitar o criatório de ovelhas do Patrão Bresco, que além de tradicionalista, é advogado e muito bem sucedido, um orgulhoso filho de gaúchos.
A cidade é limpa, bem traçada, aparentando franco desenvolvimento com população de cerca de 25 mil habitantes. A amabilidade e a forma cavalheiresca de bem receber é um traço característico do seu povo. A maioria da população é descendente de gaúchos. Poderia se dizer que lá está um pedaço bem sucedido do Rio Grande, uam verdadeira "Maravilha"
O retorno a Porto Alegre foi no domingo a tarde dia 13 por Chapecó, e Nonoai. A viagem teve a duração de nove horas tanto na ida, como na volta.